52. A primeira trombeta: aqueles que rejeitaram a Luz * Apocalipse 8:7

Aquilo que faz faz toda a diferença
11 de fevereiro de 2017 por
Hello Bible

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7 E o primeiro anjo tocou a trombeta, e houve saraiva e fogo misturado com sangue, e foram lançados na terra, que foi queimada na sua terça parte; queimou-se a terça parte das árvores, e toda a erva verde foi queimada.

(ARC)
Revelation 8:7 (NASB)
Apocalipse 8:7 (VFL)

 

Traçando Conexões

Sete anjos estavam diante do trono de Deus, cada um recebendo uma trombeta. Essas trombetas eram do tipo usado para soar alarmes—advertências de Deus para chamar a atenção das pessoas e convocá-las ao arrependimento. A descrição da cena feita por João deixa claro que Deus não apenas distribuiu as trombetas, mas também controlou o momento em que cada alarme seria tocado. Tendo acabado de testemunhar a parte da visão sobre os sete selos, podemos imaginar a ansiedade de João, sabendo que, sempre que algo era aberto no Céu, isso desencadeava um evento na Terra. Seria o mesmo com as trombetas? Certamente, ele percebeu que algo significativo estava prestes a acontecer, dado o papel que as trombetas desempenhavam nos rituais do santuário, com os quais ele estava tão familiarizado.

No estudo de hoje, vamos nos aprofundar na descrição do toque da primeira trombeta, explorando suas expressões e descobrindo os símbolos que ela contém. Algumas das expressões serão mencionadas várias vezes a partir de agora. Vamos começar!

Visão Detalhada

*** O anjo tocou a trombeta ***: Nos estudos #50 e #51,vimos como as Sete Trombetas são os julgamentos de Deus derramados sobre aqueles que rejeitaram a mensagem do Evangelho durante o mesmo período profético das Sete Igrejas e da abertura dos Sete Selos. O texto falando a respeito da primeira trombeta é apenas um verso, mas está repleto de informação e simbolismo. O verso começa com um anjo tocando a trombeta que lhe havia sido dada por Deus. Se um anjo está tocando a trombeta, é porque Deus determinou que era hora de tocá-la. Deus está no controle quanto ao tocar das trombetas.

*** Saraiva e fogo misturado com sangue ***: No antigo Testamento, saraiva (ou granizo) e fogo são respostas de Deus àqueles que se opõem a Ele e Seu povo. Vamos examinar alguns exemplos do Antigo Testamento:

  • Pragas do Egito: Quando Moisés estava lidando com Faraó, para tentar libertar o povo, uma das pragas que Deus enviou, foi a praga do granizo misturado com fogo. Esse praga causou uma grande destruição. Êxodo 9:16-19,23-25 diz: “Mas, deveras, para isto te mantive, para mostrar meu poder em ti, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Tu ainda te exaltas contra o meu povo, para não o deixar ir? Eis que amanhã por este tempo farei chover saraiva mui grave, qual nunca houve no Egito, desde o dia em que foi fundado até agora. Agora, pois, envia, recolhe o teu gado, e tudo o que tens no campo; todo o homem e animal, que for achado no campo, e não for recolhido à casa, a saraiva cairá sobre eles, e morrerão. E Moisés estendeu a sua vara para o céu, e o Senhor deu trovões e saraiva, e fogo corria pela terra; e o Senhor fez chover saraiva sobre a terra do Egito. E havia saraiva, e fogo misturado entre a saraiva, tão grave, qual nunca houve em toda a terra do Egito desde que veio a ser uma nação. E a saraiva feriu, em toda a terra do Egito, tudo quanto havia no campo, desde os homens até aos animais; também a saraiva feriu toda a erva do campo, e quebrou todas as árvores do campo.” Deus havia erigido o Egito para que Sua glória pudesse ser vista. Mas o Egito se opôs diretamente aos escolhidos de Deus, e desafiou a Sua autoridade. Seu julgamento caiu sobre a terra, destruindo os animais que não estavam abrigados, e também toda erva e toda árvore. No entanto, o Egito, na pessoa do Faraó, rejeitou voltar-se para Deus em obediência. Existem alguns aspectos interessantes a respeito das pragas, que se aplicam também às Trombetas. As pragas foram direcionadas apenas àqueles que se recusaram seguir os comandos de Deus, e se colocaram em oposição ao povo de Deus. O acampamento dos hebreus não foi o alvo das pragas catastróficas do Egito, e assim também foi durante a praga do granizo (Êxodo 9:26). A cada praga, Deus estava retirando dos egípcios, as coisas que o povo estimava demasiadamente, e que tomava o lugar de Deus na sociedade. Deus estava destruindo os ídolos dos egípcios, e esse era o julgamento sendo derramado sore o povo.
  • Profecia contra Gogue: Gogue era o inimigo de Israel que vinha do norte. Em Ezequiel 38:22,23, lemos esse trecho da profecia contra Gogue: “E contenderei com ele por meio da peste e do sangue; e uma chuva inundante, e grandes pedras de saraiva, fogo, e enxofre farei chover sobre ele, e sobre as suas tropas, e sobre os muitos povos que estiverem com ele. Assim eu me engrandecerei e me santificarei, e me darei a conhecer aos olhos de muitas nações; e saberão que eu sou o Senhor.Ezequiel 38:22,23. Os julgamentos de Deus sobre Seus inimigos servem para engrandecer o nome de Deus, para que Ele passe a ser conhecido por todo o mundo. As pessoas passariam a ter a oportunidade de entender que Ele é o Senhor. Mais uma vez, vemos como as trombetas possuem uma qualidade de redenção.
  • As armas de Deus contra aqueles que o oprimiram: Granizo e fogo são as armas do julgamento que Deus usa para lidar com desobediência, e perseguição de Seu povo (Salmo 18:12-14; Isaías 10:16-19; Isaías 30:30). No Antigo Testamento, Deus somente usou fogo (Salmo 80:14-16; Jeremias 21:12-14; Ezequiel 15:6-7) ou granizo (Isaías 30:30; Ezequiel 13:11-13) como julgamentos contra Israel, quando o povo quebrou o concerto de Deus. Mas fogo misturado com granizo são, consistentemente, as armas que Deus usa contra os inimigos de Seu povo. Deus disse a Jó que Ele possui granizo estocado no Céu, para o tempo da peleja, e que Ele está no controle até dos raios (Jó 38:22-23,35). E então, baseado nos textos de Jó, Ezequiel, Jeremias, e outros, esses julgamentos vêm de Deus, e eles estão apontados para a Terra (Apocalipse 8:7).

*** Um terço ***: A quantidade “um terço” é o contraste à quantidade “um quarto”, como vimos no estudo​ #47, que falou sobre os 144,000. Os anjos estavam segurando um quarto da Terra (Apocalipse 7:1). Ao contrário das quatro partes que formam a totalidade do planeta, um terço não representa a figura completa. Quando os efeitos da primeira trombeta começaram a ser sentidos na Terra, somente uma parte foi afetada. O soar das trombetas não são os julgamentos completos e finais sobre o planeta. Quando o Israel antigo se voltou ao paganismo e desobediência, Deus usou Seus profetas para enviarem uma mensagem a respeito dos julgamentos de Deus que cairiam sobre eles. Esses julgamentos eram para cair sobre um terço da nação (Ezequiel 5:11-13; Zacarias 13:8,9). De acordo com essas passagens, o objetivo desses julgamentos era de redenção: para fazer com que as outras pessoas soubessem que Deus estava “falando no [Seu] zelo”. Assim eles invocariam o nome de Deus, e Ele os ouviria. Os julgamentos contidos nas quatro primeiras trombetas são sempre direcionados a apenas um terço da Terra (Apocalipse 8:7-13), nunca ao planeta inteiro. Apocalipse 12:4 fala a respeito de um outro momento, onde a terça parte do grupo está envolvida. Satanás, o dragão vermelho, tomou consigo a terça parte dos anjos, referidos como estrelas. Satanás conseguiu convencer um terço dos anjos no Céu a o seguirem, e permanecerem sob seu controle. Apocalipse 16:19 nos diz algo interessante a respeito da Babilônia simbólica e de como Deus irá enviar Seu julgamento contra ela: “E a grande cidade fendeu-se em três partes”. Com base nesses textos, podemos entender que um terço da Terra, como o texto das trombetas menciona, significa que uma porção do domínio de Satanás será o alvo dos julgamentos de Deus, como uma oportunidade para o povo se arrepender e se voltar a Ele.

*** Árvores e erva verde queimadas ***: Aqui temos um outro símbolo interessante, que traz a chave para o entendimento desse verso. No Antigo Testamento, frequentemente vemos pessoas sendo comparadas a árvores (Salmo 1:3; Salmo 52:8; Salmo 92:12-14; Isaías 61:3; Jeremias 11:15-17; Jeremias 17:7-8; Ezequiel 20:46-48; Daniel 4:20-22), e a ervas (Salmo 72:16; Isaías 40:6-8; Isaías 44:2-4). Esses símbolos foram usados para descrever o povo de Deus que havia se voltado para longe dEle. Enquanto Ele estava na Terra, também usou o simbolismo da árvore, e disse: “Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.” (Mateus 7:19). Em Lucas 23:31, lemos sobre um evento que aconteceu no caminho para o Calvário. Jesus estava carregando Sua cruz, quando Simão foi ordenado a carregá-la com Ele. Cristo se voltou para a multidão que O seguia, e um das coisas que Ele disse, foi: “Porque, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará ao seco?” Jesus se referiu a Ele mesmo como sendo a árvore verde (madeiro verde), e aos judeus rebeldes com árvores secas. Agora que temos esses versos em mente, vamos voltar ao texto de Apocalipse. A referência a árvores e ervas verdes parece apontar para o estado espiritual das pessoas. Quando os escolhidos de Deus eram ainda fiéis e espiritualmente vivos, foram comparados árvores e ervas verdes. Mas quando eles abandonaram a verdade, se tornaram como árvores e ervas queimadas, espiritualmente mortas. Essas pessoas haviam quebrantado o concerto de Deus e rejeitado os Seus mandamentos. 1 Pedro 4:17 diz que o julgamento deve começar na casa de Deus (israelitas). Com o soar da primeira trombeta, uma porção da igreja apóstata foi destruída.

João 1:9-13 diz a respeito de Jesus: “Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” Em João 3:17-21, Jesus disse: “Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” 

Rejeitado pelos Seus próprios

Ilustração de quando Jesus foi levado perante o Sinédrio, o corpo judicial e administrativo judeu, antes de Sua crucificação. O conselho havia conspirado para encontrar uma maneira de matar Jesus, e quando acharam que Ele havia blasfemado, rapidamente declararam que Ele merecia morrer (Mateus 26:59, 66).
Atribuição: www.LumoProject.com


O amor às trevas é a condenação que aqueles que rejeitaram a Luz sofrem. O próprio povo de Jesus (a nação dos Judeus) não O recebeu quando Ele veio ao mundo como um bebê, e ministrou na Terra pessoalmente. Os judeus não estavam prontos a recebê-lo ou aceitar a Sua mensagem, mesmo tendo em mãos as escrituras e as profecias sobre o Messias. De uma maneira semelhante, muitas pessoas que se dizem cristãs, mas que não entregaram seu coração a Deus de maneira genuína, não estarão preparadas quando Jesus voltar a segunda vez. Essas pessoas podem até estar pelo mundo a fora, aparentemente pregando sobre Jesus. Mas na realidade, nunca desenvolveram um relacionamento verdadeiro com o Senhor. Jesus chama essas pessoas de mal feitores, e elas serão deixadas de fora do Reino (Mateus 7:21-23).

*** Aplicação Profética ***: De uma maneira geral, os pesquisadores da Bíblia concordam que quando Jesus se referiu a Si mesmo como árvore (madeiro) verde, Cristo estava falando sobre a destruição de Jerusalém no ano 70 AD. A Bíblia diz que o “julgamento começa pela casa de Deus” (1 Pedro 4:17; um conceito semelhante é encontrado em Ezequiel 9). A primeira trombeta parece marcar o julgamento caindo sobre o povo de Jesus, aqueles que “não O receberam” (João 1:11). No primeiro século, a nação Judia rejeitou o concerto com Deus, e intencionalmente se opôs e perseguiu os que aceitaram o Evangelho. Jerusalém foi sitiada e destruída pelos Romanos.


Prophetic overview of the first half of the book of Revelation. Use this chart to get situated in the prophetic timeline. For a complete timeline of the entire book, visit our interactive chart here.
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Panorama profético da primeira metade do livro de Apocalipse. Use este gráfico para se situar na linha do tempo profética. Para uma linha do tempo completa de todo o livro, visite nosso gráfico interativo aqui.
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Visão Geral

O soar das trombetas está sob o controle de Deus. Por causa da desobediência e rejeição à mensagem do Evangelho, aqueles que originalmente haviam sido escolhidos para terem parte no concerto com o Senhor, foram os primeiros a sofrer as consequências de suas escolhas. Podemos ver claramente o período profético de tempo em que as Sete Igrejas e os Sete Selos correm em paralelo. A primeira trombeta é o derramamento dos julgamentos de Deus, começando com Sua própria casa, que havia apostatado. Da mesma forma como nos julgamentos de Deus que vemos no Antigo Testamento, o objetivo dEle é salvar as pessoas, e trazê-las de volta para Si. A destruição da capital dos Judeus e de sua nação foi colossal, mas não foi completa. Muitos sobreviveram, e se espalharam por todo o mundo. Enquanto profecia, a mensagem dessa trombeta já foi cumprida. Mas serve como um alerta para o povo do tempo do fim. Demonstrações externas de uma aparente crença no Evangelho, não garante a salvação. O próprio Jesus chamou essas pessoas de praticantes de iniquidades (Mateus 7:21-23). O único caminho para a salvação é abrir o coração para Jesus e aceitar Seu sacrifício. Precisamos recebê-lo. Ao crecermos espiritualmente, iremos criar um relacionamento com Ele, e não precisaremos ter medo dos julgamentos de Deus. Como Jesus disse, “quem crê nEle não é condenado” (João 3:18).

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